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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Meus Blogs Desativados






Há algum tempo desativei a maioria dos meus blogs, pois estava dando muito trabalho mantê-los, e também visitar os seguidores de cada blog. Eu passava tempo demais online, e tempo de menos offline. Achei melhor inverter, e então, apaguei alguns blogs :

1-  A casa & a Alma, meu favorito, que falava sobre a relação das pessoas com suas casas e a influência da casa sobre o bem estar das pessoas. Também tinha algumas receitas e dicas para cuidar melhor da casa e da alma da gente.

2- Passagem, onde eu publicava textos de outros autores - vivos ou não, famosos ou não - que eu admiro. Era um blog bonito, e tinha muitas reflexões. 

3-  From My Window, um blog onde eu publicava apenas poemas em inglês.

4- Nada a Dizer, que continha apenas imagens que eu mesma capturava com a câmera do meu celular. 


Mas nenhum destes blogs está morto! Incorporei todos eles a este, e separei-os por etiquetas para que seu conteúdo possa ser facilmente acessado pelos leitores, de acordo com sua preferência de leitura. Estas etiquetas são:

-A Alma
-A Casa 
-Contos
-Crônicas
-Poesias 
-From My Window - Poems in English
- Nada a Dizer (fotos)
-Reflexões
-Ironias
-Mensagens 
-Sobre Livros e Filmes
-Textos de autores que admiro.

Todos os blogs estão aqui, neste mesmo blog. Ainda continuo postando neles, só que sob as etiquetas, concentrando neste blog - Expressão - todas as postagens, ao invés de dividi-las em vários blogs. Para achar as postagens, basta olhar ali, à sua direita; há duas maneiras: acessando os arquivos e vendo as postagens separadas por datas ou então acessando os marcadores. 

Ou seja: tudo mudou, mas ao mesmo tempo, nada mudou. Desta forma, ficou muito mais simples e conveniente para mim fazer as postagens, sem a preocupação de manter tantos blogs atualizados.

Convido a todos que estiverem dispostos a dar uma olhada!






Morrer







Morrer é como ir ali,
Sair para comprar cigarros,
Ou para pagar uma conta,
E não voltar nunca mais.

É dar uma simples olhada
Do outro lado da lua,
E depois de tal vislumbre,
Mudar-se, de vez, para lá.

Morrer não tem que ser dor,
Não é preciso ter medo
Do caminho  inevitável,
Que todos iremos cruzar.

É afundar a cabeça
Num lago azul profundo
E sem ter uma outra escolha,
Dormir; deixar-se afogar.

Morrer é voo de pássaro
Que se joga num abismo
Sem ter a menor ideia
De onde ele irá pousar.

Talvez não pouse jamais, 
E passe a morte a voar
Por sobre o que foi na vida,
Até que uma nova vida
O venha de novo levar.

A morte é palavra forte,
Sentença definitiva
E ninguém escapará
Da sorte que está prevista
No Livro da Morte - a vida.





terça-feira, 8 de maio de 2018

O Que Nos Move?





Nós nos misturamos uns aos outros e nos movemos por esse mundão de Deus, em várias direções e por diversos motivos, tentando alcançar nossos objetivos. Nem sempre o caminho é fácil - ou às vezes, o caminhante acaba se cansando no meio do caminho, na maioria das vezes porque o objetivo escolhido é maior do que a capacidade do caminhante. Não creio, como dizem os esoteristas modernos, que 'todo mundo pode tudo.' Algumas coisas são para nós, e outras não são. Mas são nessas horas em que o caminhante se cansa e desiste, percebendo que não vai conseguir chegar aonde quer por falta de capacidade, competência ou força de vontade, que ele pára e olha para os lados.

O caminhante esperto, que se conhece bem, reavaliará seus objetivos e traçará novos planos. O caminhante ignorante das leis da vida, que acha que o mundo precisa curvar-se às suas vontades, continuará batendo a cabeça contra a parede e desejando o que não pode ter. E quem escolhe este caminho, logo se verá envolto pela inveja. 

Quem não consegue por si mesmo aquilo que quis ter, buscará ajuda. E é claro que essa ajuda não poderá trazer nada de bom, pois o conduzirá por um caminho ainda mais difícil, escarpado, e perigoso, que o fará tentar conseguir, através de meios artificiais e muitas vezes, ilícitos e espiritualmente comprometedores, aquilo que ele quer. Ele começará a pensar coisas como "por que ele consegue e eu não consigo? Por que não posso ter aquilo?" Tais pensamentos conduzem ao ódio gratuito de quem conseguiu. É a inveja brotando. E ela é uma erva daninha que cresce rapidamente, se espalha, sufoca qualquer outra coisa que poderia nascer de bom.

Todo aquele que consegue alguma coisa através deste tipo de 'ajuda' terá muito tempo para arrepender-se depois. Porque mais tarde, as leis da vida falarão mais alto. Ninguém consegue burlar a natureza, ninguém pode arrancar à força alguma coisa que é de outro, que não lhe pertence, e ser feliz através disto, da desgraça do outro. Cedo ou tarde, tais pessoas terão que pagar o preço pelos seus desmandos - e o preço será muito alto.

Já notou que as pessoas que sentem inveja tornam-se fisicamente feias, mesmo tendo sido bonitas a vida toda? É que os maus sentimentos da gente podem refletir-se nas feições, se os alimentamos durante muito tempo, sem fazermos nada para mudá-los. Mas, por outro lado, existem pessoas que, conforme as conhecemos melhor, tornam-se cada vez mais bonitas diante dos nossos olhos, mesmo que nossa primeira impressão nos tenha dito que elas não eram bonitas. Estas são as pessoas boas, as que todos querem ter por perto.

Eu acredito muito que quando uma coisa se torna difícil demais de ser obtida, é porque ela não me pertence. Não perco meu tempo perseguindo quimeras: eu paro, reavalio meu caminho e traço novos rumos. Quando faço isso, as portas se abrem facilmente. Os obstáculos são derrubados. O caminhar torna-se mais natural e menos cansativo. Descubro coisas que são bem melhores e mais amáveis para a minha vida. 

Sempre que tentei 'forçar' um caminho, eu me arrependi amargamente.

Acho que todos temos que ter muito cuidado ao respondermos a estas perguntas: O que o move? Pelo que você luta? Aonde quer chegar? Você tem os talentos necessários para alcançar os objetivos que almeja? 

Se não tiver, procure outro caminho, pois certamente, haverá algo muito bom que você poderá fazer e que trará muita alegria e satisfação à sua vida. E vá agora, antes que a frustração - e a sua irmã mais malvada, a inveja - alcancem você.




quarta-feira, 2 de maio de 2018

A Mãe Morta








Toda mãe é uma porta
Que nos lança neste mundo.
Mesmo aquela que abandona,
Mesmo aquela que aborta.

Esta última, é mãe torta,
Que desama antes de amar.
Mas toda mãe é uma porta
Uma flor de esperança.

Sorte de quem tem na mãe
A mão forte, a lhe guiar
Mesmo quando ela se impõe,
É dever de cada filho
Seu cuidado limitar!

E um dia, ela se vai,
(É a sina do viver)
Se a vida obedecer
A ordem de se acabar,
O tempo de se morrer...

A mãe morre, e fecha a porta;
Ficam os filhos perdidos
A relembrar a mãe morta,
Vazios dos seus sentidos,
Diante daquela porta
Que os trouxe a este mundo
Sem saber pra onde ir,
Esperando uma palavra...

Na garganta, engasgada
Uma oração que sai,
Vai, aos poucos, se erguendo,
Se entregando à ventania
Em busca daquela mãe
Que nos trouxe ao mundo, um dia.


Minha mãe faria aniversário no dia 01/05. Esta é minha homenagem a ela.




quinta-feira, 26 de abril de 2018

Uma tarde


Minha montanha






Caiu a tarde, aos meus pés,
Vazia dos seus sentidos:
Uma nesga azul de céu,
Um vento a assoviar
Bem junto aos meus ouvidos.

A tarde tentou dizer-me
Das tardes que já se foram:
O céu vermelho, cenário
A dor, o santo sudário
Daquele rosto, a doer-me.

Brilhou a primeira estrela,
Achei que já nem viria...
Brilhou a primeira estrela,
No céu lilás, tão sozinha,
Com o tempo a remoê-la.

E o pó daquela estrela
Sobre a vida derramado...
Quisera pudesse tê-la,
Quisera pudesse vê-la
A brilhar, sempre ao meu lado.

Caiu a tarde, aos meus pés,
Em versos e estranhas rimas...
Caiu a tarde em palavras
Querendo ser declamada
Alinhada sobre a linha.







terça-feira, 24 de abril de 2018

SENTENÇA






Sentença: a frase pronta
Acusação ou afronta
Condenação declarada
À porta de um castelo
Onde o reino edificado
É passagem temporária.

A foice sobre a cabeça
Desde o primeiro choro,
Do nascimento à morte
Do plantio à colheita
Quase sempre ignorada,
A espera do tal corte.

Sentença sub-entendida,
Insinuada, incompreendida,
Declarada na batida
Do derradeiro martelo.

Tanto medo ela desperta,
Dorme em uma tumba aberta,
Que há de guardar o que resta
À queda do cutelo.




Tristeza







TRISTEZA



Ah, que pena daquele pássaro engaiolado,

Sozinho, na casa escura e fechada!

Às vezes, se alguém se lembra,

Trocam a comida e a água; mais nada!

Ele pula entre dois poleiros,

Que resumem seu mundo inteiro,

Sem brilho de sol, sem vento,

Sem asas!

No seu mundo, não há céu, 

Não há outros passarinhos,

Nem sonhos de liberdade,

Pois há muito, ele se esqueceu

Desta palavra...



Ah, que pena daquele pássaro sozinho,

Vendo o mundo multipartido

Através das grades de alumínio

Que encerram-no em seu pobre domínio!

Será que ele se lembra

Do que significa

Ver o mundo amanhecer

Entre as rendas das plantas frondosas?

Será que ele se recorda da sensação

De pular entre os galhos das árvores limosas?



Ah, que pena do passarinho triste,

Naquele canto escurecido, entre as vassouras,

Alimentando-se de um alpiste seco, sem gosto,

Engolindo o pequeno desgosto

De poder morrer, a qualquer hora,

E como qualquer tipo de bicho,

Ser esquecido, jogado no lixo!



Se eu pudesse, passarinho,

Eu juro que te soltaria!

E ficaria olhando, enquanto você voaria, sozinho

Ao encontro da vida que mereces, e que é a tua verdadeira,

Uma vida cheia de vento, de árvores, flores, galhos,

E chuva, e sol, e cantos, e outros pássaros, e ninhos 

No alto das cumeeiras!



Queria teu canto livre,

Não um canto engaiolado, 

Por um pobre coitado

Que pensa que é de alegria

Aquele morrer aos poucos

Que escuta todos os dias!












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