witch lady

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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Naquela Flor





...E havia algo naquela flor,
Uma lágrima caída,
Formatada em dor.

Pétala encolhida,
Ressentida,
Vazia de amor.

Mas breve foi seu tempo,
Sua história,
Seu tormento...

Porém, eu a vi,
Soube de sua existência,
Gravei seu momento.




quarta-feira, 6 de abril de 2016

PENSAMENTOS PARA O MOMENTO QUE VIVEMOS











DESCARTES





"Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra." 





"A multidão de leis freqüentemente presta desculpas aos vícios."






"Quando se é demasiado curioso de coisas praticadas nos séculos passados, é comum ficar-se ignorante das que se praticam no presente."








SÓCRATES




"A mentira nunca vive o suficiente para envelhecer."







"É costume de um tolo, quando erra, queixar-se do outro. É costume do sábio queixar de si mesmo."



"O poder se torna mais forte quando ninguém pensa."





PLATÃO



"A punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é viver sob o governo dos maus."





"O maior castigo consiste em ser governado por alguém ainda pior do que nós, quando não queremos ser nós a governar."







"Jamais se deve proceder contra a justiça. Nem mesmo retribuir a injustiça com a injustiça, como pensa a multidão, pois o procedimento injusto é sempre inadmissível."





MAQUIAVEL



“Todos os Estados bem governados e todos os príncipes inteligentes tiveram cuidado de não reduzir a nobreza ao desespero, nem o povo ao descontentamento”.







“Uma república sem cidadãos de boa reputação não pode existir nem ser bem governada; por outro lado, a reputação dos cidadãos é motivo de tirania das repúblicas”.






“São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar”.







“Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha”.







“O homem esquece mais facilmente a perda do pai do que a perda do patrimônio”.







“Em política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã.” 






“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!” 






“Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas. O reformador tem inimigos em todos os que lucram com a velha ordem e apenas defensores tépidos nos que lucrariam com a nova ordem.” 







“Não é a violência que restaura, mas a violência que arruína que é preciso condenar.” 







segunda-feira, 4 de abril de 2016

MORNING




Morning light has broken
The flower vases,
Just like the jokers
Sometimes break the aces.

There is a new mystery
That shines with these rays
Of the sun, which trespass
The water and the glass.





Antes










Palavras caídas nos cantos
Entre as frestas do assoalho.

O choro ainda ecoando
Batendo contra as paredes.

Os sonhos abandonados
Balançando com a rede.

Segredos dentro de armários
Silêncios cheios de sede.

As mágoas a gotejar
Das beiradas dos telhados.

No jardim, o meu fantasma
A olhar-me, de soslaio...

As lembranças que ficaram
Pelo chão do corredor,

Tua ausência, a preencher
O que antes foi amor.





sexta-feira, 1 de abril de 2016

UM DIA EM CASA








Todo mundo tem um medo, seja ele pequeno e perfeitamente controlável, ou grande – como uma verdadeira fobia. Quem me conhece sabe muito bem qual é o meu: aranhas. Tenho pavor destes bichos peludos, cheios de olhos, que se escondem em buracos na terra ou então constroem aquelas teias enormes que agarram nos cabelos de quem passa. E se elas são tão pequenas ao ponto de não causarem medo, elas me deixam irritada porque constroem suas teias em todos os lugares: roda-tetos, cantinhos de parede ou debaixo de armários. Nos dias de faxina, aspirador de pó em mãos, saio aspirando essas bichinhas danadas de cada canto da casa, apenas para constatar, alguns dias mais tarde, que elas deixaram descendentes e que estes resolveram continuar a saga da família morta, reocupando os locais de seus ancestrais. 

Imagine se, inesperadamente, o seu maior medo estivesse diante de você; vamos supor que seu maior medo seja ser assaltado, e de repente, você se encontrasse em uma rua deserta com alguém apontando-lhe uma arma. Ou então, se você tivesse medo de se afogar e caísse em um lago ou rio. Só de pensar, já sente calafrios, não? O coração bate mais forte, o juízo se perde e dá uma vontade enorme de sair correndo.  Pois foi exatamente o que aconteceu comigo.

O jardineiro estava em cima de uma árvore alta no jardim, retirando ervas daninhas, quando precisei falar com ele e fiquei debaixo da árvore enquanto falava. Após terminarmos a conversa, entrei na cozinha e senti que havia alguma coisa grande e viva na parte de trás do meu ombro, sobre a pele próxima às costas, se mexendo e tentando me agarrar com as patas – ou com os ferrões. Pensei; “Está acontecendo. Seu maior medo está em suas costas, e agora, o que você vai fazer? Com certeza, será picada e precisará ser levada até um hospital. A pele vai inflamar e você terá uma gangrena. Ana, você se deu mal!” Estes pensamentos me ocorreram em questão de segundos. Instintivamente, embora sabendo que seria a coisa mais estúpida a se fazer, levei a mão ao local (já aos berros); lá do alto de sua árvore, o jardineiro gritava: “Está tudo bem aí, dona Ana?”  Bem, ele está um tanto acima do peso, e não teria como descer da árvore rapidamente a fim de me acudir. Segurei a coisa que me atormentava, e ela agarrou meus dedos com as patas. Sacudi a mão violentamente, sem olhar, gritando de nervoso, e ela finalmente caiu no chão com um barulho seco, escorregando para debaixo da cortina da pia. Olhei para meu dedo, e havia uma marca profunda, como se algo tivesse tentado perfura-lo. Pensei em ferrões, e os arrepios de pavor recomeçaram. 

Aliviada – afinal, não tinha sido picada – respirei fundo e tentei colocar meus pensamentos no lugar, recobrando a calma. Disse a mim mesma: “Ana, você vai ter que erguer a cortina e olhar debaixo da pia.” Munida de vassoura, abri a cortina e dei com um enorme besouro branco deitado de costas, agitando as patas. Nunca tinha visto um igual antes. As asas eram ásperas e opacas, cheias de protuberâncias, e sobre cada uma delas, uma cor dourada como ouro. Não era a tão temida aranha, mas ele tentara me picar, e por isso, fui com cuidado; peguei a casca da banana que eu estivera comendo (esqueci de mencionar o fato de eu estar comendo uma banana) e tentei desvirá-lo com ela. Ele prontamente a agarrou. Percebi que ele tinha um nariz comprido e pontudo, como um furão. Imediatamente, ele o enterrou na casca da banana. Pensei que poderia ter sido o meu dedo, e me arrepiei toda!

Levei-o para fora e mostrei-o ao jardineiro, que ainda estava em cima da árvore. Concordamos que nunca tínhamos visto um besouro daqueles, e o quanto ele era bonito e especialmente diferente. Coloquei a casca entre umas samambaias e deixei-o ali, ainda agarrado a ela com as patas e o nariz pontudo, talvez bem mais assustado do que eu. Nem me lembrei de fotografá-lo, como sempre faço quando encontro um animal bonito ou diferente no jardim. 

A melhor parte de quando você pensa estar diante de seu maior medo, é descobrir que não era nada, afinal, e que caso tivesse sido, você já sabe exatamente como teria se sentido. E é claro, o alívio que vem depois que você descobre.



Ele era bem parecido com este, mas totalmente branco e dourado nas pontinhas.


TUDO OU NADA










O jardim.
A janela.
Cortinas pretas.
Fechadas.


A marreta.


A garrafa
De vinho
Sobre a mesa,
Uma taça


Quebrada.


É a vida.


É tudo.


Ou nada.





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VERDADES

Alguns falam de doçura, Desconhecem O regurgitar das abelhas, O mel que se transforma dentro delas, Dentro das casas de cera. Falam do luxo ...