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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Feliz Páscoa!






Que nas casas de vocês exista a paz do renascer. Que a manhã de domingo seja pacífica, doce, silenciosa e contemplativa. Feliz Páscoa!

Deixo de presente de Páscoa, um poema meu:


VOLTA AO VENTRE


Disseram que a mulher que deu-lhe à luz
Não era, de um deus, mãe verdadeira.
Que os anjos lhe falaram; foram vê-la,
E no ventre fechado, semearam.

Nasceu-lhe sob o brilho de uma estrela,
E a alegria ao vê-lo, misturava-se
Ao medo do futuro anunciado,
Pois ao mirar seus olhos de bebê,
Ela reconheceu-lhe o triste fado.

Tentou não dar ouvidos aos profetas,
Tentou negar, dos  anjos,  a palavra...
Viu-o crescer, e os passos que ele dava
A cada vez, mais dela o afastavam!

Até que um dia, fez-se a profecia:
Do alto de uma cruz, ele a mirava...
Sua alma de bebê, tornada homem,
Era a alma de um deus que a deixava!

E  hoje, a cada Sexta-feira Santa,
A alma dele abriga-se  em seu ventre,
Ela o envolve em luz, e ele sente
A paz entre as palavras que ela canta.


Feliz Páscoa!














Que nas casas de vocês exista a paz do renascer. Que a manhã de domingo seja pacífica, doce, silenciosa e contemplativa. Feliz Páscoa!

Deixo de presente de Páscoa, um poema meu:


VOLTA AO VENTRE


Disseram que a mulher que deu-lhe à luz
Não era, de um deus, mãe verdadeira.
Que os anjos lhe falaram; foram vê-la,
E no ventre fechado, semearam.

Nasceu-lhe sob o brilho de uma estrela,
E a alegria ao vê-lo, misturava-se
Ao medo do futuro anunciado,
Pois ao mirar seus olhos de bebê,
Ela reconheceu-lhe o triste fado.

Tentou não dar ouvidos aos profetas,
Tentou negar, dos  anjos,  a palavra...
Viu-o crescer, e os passos que ele dava
A cada vez, mais dela o afastavam!

Até que um dia, fez-se a profecia:
Do alto de uma cruz, ele a mirava...
Sua alma de bebê, tornada homem,
Era a alma de um deus que a deixava!

E  hoje, a cada Sexta-feira Santa,
A alma dele abriga-se  em seu ventre,
Ela o envolve em luz, e ele sente
A paz entre as palavras que ela canta.


Que nas Casas de Vocês...






Que nas casas de vocês exista a paz do renascer. Que a manhã de domingo seja pacífica, doce, silenciosa e contemplativa. Feliz Páscoa!

Deixo de presente de Páscoa, um poema meu:


VOLTA AO VENTRE


Disseram que a mulher que deu-lhe à luz
Não era, de um deus, mãe verdadeira.
Que os anjos lhe falaram; foram vê-la,
E no ventre fechado, semearam.

Nasceu-lhe sob o brilho de uma estrela,
E a alegria ao vê-lo, misturava-se
Ao medo do futuro anunciado,
Pois ao mirar seus olhos de bebê,
Ela reconheceu-lhe o triste fado.

Tentou não dar ouvidos aos profetas,
Tentou negar, dos  anjos,  a palavra...
Viu-o crescer, e os passos que ele dava
A cada vez, mais dela o afastavam!

Até que um dia, fez-se a profecia:
Do alto de uma cruz, ele a mirava...
Sua alma de bebê, tornada homem,
Era a alma de um deus que a deixava!

E  hoje, a cada Sexta-feira Santa,
A alma dele abriga-se  em seu ventre,
Ela o envolve em luz, e ele sente
A paz entre as palavras que ela canta.






terça-feira, 31 de março de 2015

Minha Roseira

Inspirada em um poema de Luiefmm, "CARAMUJO", publicado no Recanto das Letras




Minha Roseira


Minha roseira anda triste,
Debruçada sobre o muro...
Pendem rosas sem perfume,
Quase sem cor e sem lume, 
Transidas, num canto escuro.

Não tenho tempo de vê-las,
Cheirá-las, amá-las, colhê-las...

Elas se abrem de manhã
Desfolhando-se  à beira
Do mais triste anoitecer...

Roseiras da minha vida...
Sem a luz do meu olhar
Morrem tristes, ressequidas,
Esquecidas em um canto
De jardim, onde ninguém
Se lembrará de voltar!




sexta-feira, 27 de março de 2015

POR UM TRIZ






Se te deixa tão feliz
Acreditar nas minhas mentiras,
Que seja assim;
(Deixo-te crer
Que creio nas tuas).

A tranca da porta não tem trava,
Quebrou-se o cadeado,
Invade teu quarto o cheiro das ruas...
Mas te sentes protegido
Ao fingir que estás trancado.

Da bala perdida ao esconjuro,
Teu coração, malogrado,
Se arrasta no escuro
Em busca da luz - que eu te juro
Ainda brilha em mil vidrilhos.

Por um triz,
Antes do trem, tu sais dos trilhos,
Mas erras a letra e o estribilho,
Tropeças na trave dos teus olhos,
Mas vês os ciscos nos meus.

Por um triz,
Te crês feliz,
E eu te abençoo.




Quintalzinho




Quando eu era pequena, a nossa casa tinha um quintalzinho de terra. Não era muito grande, mas eu me lembro de que minha mãe plantava canteirinhos sob as janelas da frente e nós, crianças, plantávamos couve, alface e cheiro verde na lateral da casa. Na parte de trás, meu pai costumava plantar abóboras que se esparramavam e tomavam quase todo o espaço, e em um terreno baldio, plantei mudas de flores que ganhei de uma vizinha, e fiz um pequeno jardim. Sempre que eu chegava da escola, ia lá para molhar as plantas e afofar a terra. 

Havia dois abacateiros por perto, que tinham sido plantados por meu avô. Eu me encostava no tronco e ficava olhando o sol passar pelas folhas... certa vez, meu pai, que era serralheiro, construiu um recipiente de ferro e colocou-o na ponta de um bambu comprido, e nós colhemos muitos abacates depois daquilo. 

Eu gostava daquele canto da casa, no terreno baldio. Era úmido e silencioso, e a terra preta de boa qualidade garantia lindas floradas de cravos, azaleias, margaridas, beijos e bocas-de-leão. Mas um dia, ao mexer na terra, acabei desenterrando uma grande aranha, de aspecto apavorante. Depois daquilo, eu nunca mais fui ali, e o jardinzinho ficou abandonado, cobrindo-se de mato. 

Hoje, pensando naquilo, arrependo-me de ter abandonado meu jardinzinho porque não soube conviver com a possibilidade de deparar com as aranhas que viviam nele. Aprendi que é preciso ter coragem para viver e enfrentar os perigos que existem pelos jardins da vida, mas também a compreender que, em alguns jardins, existem tantos perigos sob as flores, que é melhor abandoná-los.



quinta-feira, 26 de março de 2015

É sempre a mesma coisa...







É Sempre a Mesma Coisa...


Acordo cedo, pois minhas aulas começam, geralmente, às sete da manhã. Gosto de ter tempo suficiente para tomar meu banho com calma, tomar café da manhã sentada e sem pressa, abrir a casa, cuidar dos meus cães e meditar alguns minutos. Portanto, eu geralmente me levanto às cinco e quarenta.  

Meus cães – Mottley e Leona – dormem na área de serviço, e mal escutam meus passos pela casa, começam a bater na porta de madeira. O dia começou, e eles estão ansiosos para brincar lá fora. Assim, abro a porta da cozinha que dá para o jardim e depois, abro a porta da área de serviço aonde eles dormem – as duas portas ficam bem em frente uma da outra. Os dois passam voando por mim, direto para o jardim, mas eu espero; sei o que vai acontecer logo em seguida: Mootley volta correndo, apanha um de seus brinquedos – geralmente, um caranguejo laranja – e com ele na boca, volta correndo para o jardim. Segundos depois, os dois voltam para me fazer muitas festinhas. Só então, partem alucinados para o jardim, Leona com sua bola, e Mootley com seu brinquedinho. Parecem dizer: “Oba!!! Começou mais um dia para sermos felizes!”

E eles não desperdiçam um só segundo. Olho para os dois brincando de correr, e a alegria deles me contagia. Vou preparar a sala de aula, e meia hora depois, ponho os dois de volta na casinha, pois está na hora de começar a trabalhar... o primeiro aluno logo vai chegar, e não vai ficar muito contente ao ser recebido por patinhas sujas de terra em sua roupa de trabalhar. Volto a soltá-los na hora do almoço.

ainda bebês


Toda vez que eles me veem, parece que é a primeira: a alegria com que me recebem é sempre a mesma, esfuziante, maluca, cheia de lambidas e carinhos, mesmo que tenham se passado apenas cinco minutos desde a última vez que nos vimos. 


Às vezes, quando eu os deixo soltos no jardim sem supervisão, chego na cozinha e os encontro sentados lado a lado, os narizes sujos de terra, feito dois anjinhos que nunca pecaram: é claro, sei que vou chegar no jardim e encontrar um buraco do tamanho do mundo... portanto, já vou munida de vassoura para tentar varrer a terra de volta para o buraco, mas ela nunca é suficiente para enchê-lo. Deixo a maior parte da tarefa para o jardineiro, especialista em tapar buracos de Mootley e Leona.

Hoje eu estava sentada à mesa da cozinha almoçando, quando escutei as patinhas de alguém chegando devagarinho. Senti que algo esbarrava em meu pé, e quando olhei, deparei com a bolinha verde da Leona. Era ela, me chamando para brincar. E vamos lá para fora. Eu jogo a bolinha e ela corre atrás, numa alegria tão grande e tão absoluta, arfando, trazendo a bola de volta para mim até cansar. Mootley só fica observando de longe... de repente, ele sai correndo, as orelhas enormes balançando, as patinhas curtas ganhando o gramado. Corre, apenas. Uma corrida sem razão, sem propósito. Alegria pura, prazer de viver. Derrapa nas curvas, os olhinhos arregalados, a língua para fora, e quando eu menos espero, ele vem na toda e pula sobre o meu colo! “Ainda bem que ele é pequeno,” penso. Deixa atrás de si tufos de grama arrancados.



Olho para o gramado, e vejo os brinquedinhos espalhados: uma bola amarela e uma verde, um caranguejo laranja, um elefante verde, uma meia velha, um pedaço de galho. Pontos de cor que falam da presença alegre dos dois. 

Minha cozinha e minha área de serviço nunca mais foram as mesmas. Tem sempre marcas de patinhas no chão, por mais que eu varra e limpe tudo várias vezes ao dia. O puxador do armário está roído, o jardim pede misericórdia. A porta de vidro da sala de estar está cheia de marcas de lambidas e patas enlameadas, e já desisti de querer vê-la sempre imaculadamente limpa. Limpo quando dá.

Mas mesmo assim, a casa é bem mais alegre quando a gente tem cachorros.




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