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sábado, 5 de abril de 2014

Pisava em Nuvens







Pisava em Nuvens


Pisava em nuvens de flocos,
Flutuava sempre acima...
Lá embaixo, um mundo de dores
Que jamais a atingia...

Era pura, branca, limpa,
Lábios rosados de mel;
Não conhecia a agonia,
Nem mesmo o gosto do fel...

Da vida, sempre escolhia
O que de mais puro havia,
Não falava de tristezas,
Nada nunca a afligia!

Tecia em volta de si
Pura seda de alegrias,
Fechava os olhos e ouvidos
Para o que fere os sentidos...

Costurava em sua fronha
Material para os sonhos
Que tecia pela noite;
Sempre belos e risonhos!

Não andava: flutuava,
Jamais pisava os espinhos
Que a vida, às vezes, plantava
Pelos áridos caminhos...

Mas um dia, sempre chega
Aquela nuance mais forte
Um tom de dor, uma perda
Perpetrada pela morte!

De negro tingiu-se-lhe a vida
O sorriso se apagou...
Da sua nuvem, caiu,
E de cinzas se banhou!

Os espinhos penetraram-lhe
A sola branca dos pés
Sangrando sua confiança
Diante daquele revés...

As nuvens passavam longe,
E com ela, não sonhavam...
No chão, chamava por elas,
Mas elas nem lhe acenavam!

Seus sonhos morreram todos
De medo e decepção
Ao saber que a dor atinge
Todo e cada coração...

Aprendeu a ser mais forte,
A sonhar com mais cuidado
E a olhar quem percorria
Os caminhos escarpados.



JARDINS DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS






























sexta-feira, 4 de abril de 2014

Direito de Resposta





O espaço onde ambas participamos não dá direito de resposta; pelo menos, aqui, em meu blog, que é um espaço livre, posso manifestar-me. Jurei que não iria mais à sua página, mas você sempre me manda os links das nojeiras que publica, e também mandou-me por e-mail as respostas aos meus comentários naquele texto injurioso disfarçado de poema com o título "Um Beijo pra Você". É sempre assim, já não é a primeira vez que você republica textos retirados pela administração do site trocando os miolos de textos já publicados e mantendo títulos de outros textos mais antigos.Adora afirmar que eu tenho inveja de você e do seu trabalho - como se fosse trabalhoso criar poemas estúpidos com duas sílabas em cada verso, em tercetos. Você se diz tão cheia de luz e de brilho, e no entanto, vive de tentar empanar brilhos alheios e de soltar suas pragas rogadas a mim e a muitas outras pessoas em todos os seus textos; examine-os: grande parte deles contém mensagens direcionadas, humilhando outros escritores e ressaltando o brilho da sua "infinita luz de amor e bondade" (acrescento: luz tão forte, que tornou-a cega e pretensiosa, sempre com a mania de achar que todo mundo tem inveja de você).

Você fala mal dos gordos. Você fala mal de quem sofre e perde pessoas da família. Você sente-se vitoriosa apontando o dedo para as pessoas que estão passando por alguma dificuldade e julgando o quanto elas merecem ou não passar pelo que passam. Mas olha só: todo mundo sofre. Todo mundo passa por maus momentos na vida, e com certeza, você também já passou e passará, e espero que na pior hora, ninguém escreva poemas zombando da morte de seus entes queridos.

Cara senhora lunática, eu não tenho inveja de você. Sabe por que? Você não tem nada que eu pudesse sequer cogitar em desejar. Não troco meus poemas pelas coisinhas que você publica, e afirma que são lindas e cheias de luz. Prefiro meus poeminhas foscos e sem-brilho, pois não escrevo poesia para ganhar dinheiro na internet, como você afirmou que pretende, em um dos e-mails que me enviou. Não te desejo, como você me deseja abertamente naquele post absurdo, nenhum mal ou sofrimento; não é necessário desejar mal às pessoas. A vida se encarrega de trazer a cada um o que merece. 

Quero, de verdade, que você encontre ainda nesta vida um pedacinho de felicidade. Quero que você venda muitos poemas, muitos livros e cartilhas ensinando as pessoas como escrever a sua obra prima (ui,ui...) e que fique famosa, consiga ir ao Fantástico para uma entrevista e torne-se membro da Academia Brasileira de Letras. Desejo também que você se torne o Paulo Coelho feminino da literatura brasileira, e vá trilhar o Caminho de Compostela a fim de encontrar a paz espiritual. Desejo que você seja feliz em todos os sentidos: no amor, na profissão, na vida familiar e na literatura. Te desejo muita saúde e vida longa. Que nem você nem  ninguém de sua família fiquem doentes jamais.

Quero também que um dia você aprenda a rir. Rir de si mesma, do mundo, das vicissitudes da vida. Talvez seja isso o que te falta: alegria de viver. Olhar para as coisas simples e aprender a gostar delas, admirá-las. Porque só quem consegue ser simples pode ser capaz de admirar algo que outra pessoa faça e enxergar além do próprio umbigo  sem sentir tanta amargura.

De hoje em diante, escreva o que quiser e nem se preocupe em mandar-me por e-mail, pois você, a partir de agora, deixa de existir em minha vida. É página virada. Menos que o cocô do cavalo do bandido. Qualquer coisa vinda de você que, porventura, me chegue à caixa de e-mails, será alegremente deletada sem ser lida. Fale mal de mim para seus amigos, conte o que quiser, faça-se de vítima ou de algoz: eu não dou a mínima. Sabe por que? Porque muitas pessoas já me contataram, dizendo que também foram ou são molestadas por você. As pessoas te conhecem bem. E você, sempre tão preocupada com sua imagem de escritora de sucesso, cuidado para não escorregar no quiabo e cair de cara no chão. 

Sem mais para o momento, Feliz Páscoa, feliz natal e Próspero Ano-novo.



A MARIPOSA





O vento me trouxe uma mariposa
Morta
Jogou-a aos meus pés
No chão da varanda.

Ela agora descansa
Na palma da minha mão.

Lá longe, na mata, 
Revoam borboletas amarelas e brancas,
Cantam as cigarras.

Um grilo pequenino
Toca sua leve guitarra,
Não sabe da tempestade
Que é gerada no ventre das nuvens negras.
Um colibri chega bem perto,
De repente,
As asas zunem enquanto ele me olha
E vai embora...

Visita tão breve e tão preciosa!

Tudo é vida, tudo!...
Mas a mariposa me fez lembrar
De coisas que eu queria esquecer.
De repente, fiquei triste,
Começou a chover.





quinta-feira, 3 de abril de 2014

Pretensão de Encarar o Sol







Poemas do livro Pretensão de Encarar o Sol, presente do amigo Marcelo Braga. Marcelo tem uma escrivaninha no Recanto das Letras (de onde anda ausente), e uma página no Facebook.




Com os Dias Contados 5


Quero meus livros numa estante rústica
Quero minhas roupas num velho baú
Meu cheiro sub indo às narinas invocadas
Cartas amarradas a um elástico
Meus bonés nos pregos da parede
Um dia eles vestiram uma cabeça
Fitas junto a um velho gravador
Quero tudo bem guardado
Deixe que o tempo venha dar seu fim
Continuo então assim mais um pouco por aqui
Não quero teu aviso, chegue de repente!





Anjo de Carne e Ossos

Chegastes criando forte mutação
Muita motivação
Teus gestos ainda desinformados
Membros tão frágeis
És minha vida!
És minhas lágrimas salubres
És mais perfeito que esperávamos
És loucura no ápice das horas
Fenômeno que rouba meu sono
Me fazes querer muito mais da vida
Santo, lindo, coisa mais pura que já vi
Puro, frágil, anjo deitado nessa cama
Anjo de carne e ossos
Digno de muita vida
Como é bom te ver tão próximo
Teu choro, teus braços
És santo!
És lindo!
És frágil!
És vida!

(a emoção de se pegar num hospital um rebento embrulhado)


Música na Casa




Acredito que a música é capaz de influenciar as pessoas e o ambiente por onde circulamos. Adoro música! Para mim, elas são a trilha sonora da vida. E gosto de todo tipo de música: rock, MPB, Pop, clássicas, New Age... mas no momento, ando mais inclinada pelo estilo New Age - Enya, Yanni, Corcciolli... estas músicas tem melodias suaves e calmantes, que quando tocam dentro da casa e espalham seu som pelo jardim, trazem muita paz e harmonia.

A cada situação, seu tipo adequado de música: há música para dançar, para fazer festa em família, para descansar e relaxar, para meditar e para colocar os bichos para fora (nada mais energizante, para mim, do que fazer uma faxina ao som de rock pesado e terminá-la com música clássica e uma varetinha de incenso...). Só não gosto daquelas festas onde a música toca tão alto, que fica impossível conversar com as pessoas. Ora, se é uma festa, um encontro, é para conversar! Música alta eu só gosto se eu estiver sozinha. E nem sempre.

Mas ninguém há de contestar o fato de que a música traz consigo uma energia, e que esta energia fica pela casa até mesmo após ela parar de tocar. apesar de apreciar rock pesado, não gosto daquelas bandas nas quais os cantores só rugem como animais endemoniados. Música tem que fazer sentido. Tem que ter uma letra bonita, ou bem-humorada. Tem que combinar com o nosso estado de espírito do momento. Por exemplo: amo música clássica, mas às vezes, não consigo escutar por muito tempo, pois ela pode me deixar triste.

Bem, mas seja qual for o seu estilo musical preferido, acho que a regra é lembrar que ele pode não ser o estilo preferido dos seus vizinhos ou membros familiares, e que o direito de um termina justamente aonde começa o direito dos outros...



Aos Poucos




Boa tarde a todos!

Imaginem vocês que de repente eu me lembrei que tenho um netbook antiguinho que comprei em 2010 que já não uso há muito tempo e que estava guardado em uma prateleira (achei que nem funcionasse mais), e  através dele,estou conseguindo acessar meus blogs sem problemas, por enquanto.... Por enquanto, vou 'me virando' com ele mesmo... se receberem emails ou indicações para leitura, estarei mandando dele - livre de vírus.


Assim, vou retomando minhas atividades aos poucos, e espero, possa visitar e comentar outros blogs. Longe do ideal - prefiro o desktop com meu telão gigante - mas é o que há no momento...


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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...