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sábado, 18 de março de 2017

A CASA DO SOL POENTE





Poema de Lúcia Constantino, gentilmente cedido:





Tudo dorme na casa vazia.
As cartas nas gavetas,
os livros empoeirados nas estantes.
O passado passeia pela casa,
como eterno visitante.

De repente, saltam dos espelhos delírios e sorrisos.
Os sonhos em trajes de graça.
Tudo que permaneceu vivo
e o que nunca chegou na vida que passa.

Desperta a casa.
Despertam  vozes vivas,
orações,  acalantos, 
as lágrimas de tantos.
Também  estrelas nas vidraças dissolvidas
pelos ventos dos desencantos.

De frente para o sol poente,
fortaleza como uma grande árvore
a casa ousa sua solidão de gente:
- sonha em ser ninho nos fins de tarde.






2 comentários:

  1. Ana amiga, obrigada pela honra de ter um poema meu publicado neste seu Blog lindo! Um grande abraço.

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  2. Maravilhosa e profunda inspiração poética.Uma história ricamente permeada
    de sonhos,devaneios,esperança.......Lindamente:sonha em ser ninho nos fins de tarde.Sempre Poesia.Que o nosso Pai a abençoe em todos os momentos.Abraços poéticos:Maria Helena

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