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domingo, 31 de agosto de 2014

Cada Casa é um caso




Tenho meu próprio jeitinho de organizar as tarefas em minha casa. Princípio básico: faço as coisas quando estou com vontade de fazê-las, e se houver algo que eu deseje fazer antes de limpar as vidraças ou passar a roupa, não hesito jamais! 

Mas as coisas aqui em casa não são muito difíceis de se fazer, apesar de morarmos em uma casa grande, pois somos apenas duas pessoas. Basicamente, sigo o seguinte esquema:

Coisas que faço uma vez ao mês - Limpar vidraças. Detesto! E se estiver chovendo, este intervalo pode ser bem maior. Arrumar os armários e gavetas (às vezes, não dá tempo de arrumar tudo, mas vou aos pouquinhos...). Encerar as escadas e a varanda do andar superior (meu piso não precisa ser encerado). 

Coisas que faço a cada quinze dias- Remover as teias de aranha do teto da varanda. (Se eu olhar para cima, dois após removê-las, elas estarão lá novamente. Sendo assim, eu alegremente evito olhar para cima antes de quinze dias). Limpar a geladeira.

Coisas que faço uma vez a cada semana - Colocar os cobertores e travesseiros ao sol para arejar. Limpar a área de serviço. Limpar os banheiros mais caprichadamente (geralmente, dou um jeitinho neles todos os dias). Passar a roupa (confesso que às vezes eu procrastino bem mais que isso, pois eu simplesmente detesto esta tarefa).



Coisas que faço duas vezes a cada semana - Varrer o quintal. Remover folhas secas do gramado. Aspirar a casa. Lavar a roupa (economizo água e sabão espaçando as lavadas). Tirar a poeira dos móveis. Aguar as plantas do jardim - no verão, aumento a frequência. 

Coisas que faço três vezes por semana: - Varrer a casa toda por dentro. Varrer as varandas. Limpar a cozinha e o fogão mais detalhadamente (se faço alguma fritura, o que é raro, a limpeza do fogão é logo após eu terminar de fritar). Cozinhar. Geralmente, eu reutilizo as sobras do dia anterior. Faço bolinho de arroz, ou bolo salgado com as sobras de legumes. Se sobrar carne moída, também costumo fazer um bolo recheado ou pastéis. Não cozinho arroz e feijão todos os dias, pois não dá tempo.

Coisas que eu faço todos os dias - Trocar a água dos beija-flores e colocar frutas nos comedouros dos pássaros. Arrumar a casa. Varrer as escadas do jardim - geralmente, ficam cheias de folhas secas do cedro e dos ipês.

Coisas que faço o dia inteiro, várias vezes ao dia - Passar pano úmido na casa toda. Com um cãozinho novo, uso um produto chamado "Pipi Não Pode", e faço-o várias vezes ao dia. Nem sempre adianta, mas ajuda. 

Não sigo estes passos como se fossem um dogma de serviço caseiro, mas geralmente, é assim que acontece. Aboli as tais faxinas que duram o dia todo por falta de tempo e necessidade - mantendo tudo sempre limpo, elas tornam-se desnecessárias. Deixo-as apenas para o final de ano, quando estou de férias. Daí, viro a casa do avesso!

Cada casa tem suas próprias necessidades, dependendo do local onde ela está (casas próximas aos grandes centros urbanos precisam ser aspiradas quase todos os dias); morei em um apartamento onde precisava tirar o pó religiosamente todos os dias, ou tudo ficava coberto de uma poeira cinza-brilhosa de pó de pedra. Tudo também depende do número de pessoas que moram na casa, se há crianças ou animais, se há muitos tapetes, etc... 

Bem, cada um sabe de suas próprias necessidades.




FRANCISCO DE QUEVEDO

Francisco de Quevedo



Nascimento: 14 de Setembro de 1580

Morte: 8 de Setembro de 1645 (64 anos)

Ocupação: Político

Biografia: Francisco Gómez de Quevedo y Santibáñez Villegas foi um escritor do século de ouro espanhol.

Também conhecido(a) como: Francisco Quevedo
Fonte: KDP FRASES




“A soberba nunca desce de onde sobe, mas cai sempre de onde subiu.” 




“Quem recebe o que não merece, poucas vezes o agradece.” 


“O insulto é a razão de quem não tem razão.” 


“Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida.” 


“Quem julga pelo que ouve e não pelo que entende, é orelha e não juiz.” 


“É muito difícil conhecer o coração dos homens pelas suas palavras.”


“São curtos os limites que separam a resignação da hipocrisia.” 


“A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come.” 


“O espírito que pensa no que pode temer, começa a temer o que começa a pensar.” 


“Causam menos danos cem delinquentes do que um mau juiz.” 


“Cada homem é uma variedade da sua espécie.”


“Pode haver punhalada sem lisonja, mas não lisonja sem punhalada.” 


“As culpas da casa alheia todos as acreditamos; as da própria poucos as vêem pouco, porque têm nos olhos todas as vigas dos tectos.” 




A DIFERENÇA


A diferença,
É que sob todos os meus rostos,
Há o mesmo nome.

Há quem fique parado, 
À porta da igreja
Enquanto apedreja.

Rosto piedoso,
Após a fotografia,
Esmaga o pássaro entre os dedos.

Já eu, deixo que se vá,
Que voe livre e sem medos,
E agradeço.

Eu subo e eu desço,
Do céu ao inferno;
-Conheço o caminho.

Mas não arrasto, jamais
Ninguém comigo
(Nem os inimigos).

E quem me segue,
Sempre o faz
Por sua conta e risco.

Esta é a diferença,

E se alguém pensa
Que quero ser perfeita,
Parecer isto ou aquilo,

Não me conhece,
E perde seu tempo
A discursar
Sobre o que não entende,

E nunca entenderá,

Do alto da sua fingida bondade,
Do cadinho de sua maldade,
Derrama um amargo xarope 
Que ela mesma não engole.



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DESENLACE





Começo
Por desprender meus pés,
E logo, as mãos,
E então, a alma
As linhas das palmas
E o coração.

O olhar resvala,
A boca cala
O que ele vê.

E no cantinho
Da escura sala
As fibras raras
Puídas, ralas,
De minhas lembranças
Se desenlaçam
 Vão para o chão...

Caem as traças,
(Mortas ou não...)




terça-feira, 26 de agosto de 2014

APLICATIVOS INTERESSANTES




Gosto de saber o que acontece no mundo da tecnologia, embora não faça disto uma obsessão. Sou do tipo de pessoa que, se pudesse, trocaria de computador todo ano. Mas é claro, infelizmente, não posso. Adoro saber sobre as novidades, e ler sobre as tendências do futuro, mas confesso que estou bem longe de estar, como dizem, "antenada", pois falta-me o tempo necessário para tal.

Mesmo assim, ando experimentando alguns aplicativos que acho divertidos e úteis ao mesmo tempo:

-Smule - Este aplicativo permite-nos cantar em um karaokê mundial; explico: escolhemos a música, fazemos o download da apresentação e cantamos sozinhos ou acompanhados por pessoas que podem estar em qualquer parte do mundo e que deixaram suas partes já gravadas para quem desejar acompanhá-los. Temos nossa própria página, onde guardamos todas as nossas apresentações, e podemos também convidar pessoas para cantar conosco. Se errarmos, poderemos apagar a gravação e começar tudo de novo. E o mais importante: ninguém ali é profissional, as pessoas cantam apenas pelo prazer de cantar. alguns desafinam bastante, o que nos deixa mais à vontade e seguros quanto às nossas 'performances', hehe... Uma pena que só existam canções na língua inglesa. Espero que um dia alguém tenha a ideia de criar um Smule brasileiro.

-Hanks Writer - Um aplicativo criado por Tom Hanks, para os saudosistas das velhas máquinas de escrever. É um editor de texto que apresenta três modelos de máquinas de escrever antigas, e enquanto as usamos, desfrutamos do bom e velho ruído das teclas e do 'plim' quando chegamos ao final da linha. A aparência do texto é igualzinha a dos textos datilografados antigos, com a vantagem de apresentar corretor e previsor de texto.  Um aplicativo divertido, que se não é útil, é muito prazeroso. Eu amo o barulhinho da máquina de escrever. Após terminarmos o texto, podemos salvá-lo e e enviá-lo através de email. 

- Garage Band - Para quem é músico, uma ferramenta muito útil para ajudar a compor. O aplicativo oferece vários instrumentos musicais - guitarra acústica, guitarra elétrica, vários tipos de pianos, bateria, etc... - através dos quais o usuário pode compor músicas ou simplesmente, tocar Cai, Cai Balão, conforme suas habilidades... a minha vai até o Parabéns Pra você, mas é útil para quem entende de música e divertido para quem não entende ou está aprendendo. 

-Afterlight - Um editor de fotografias com recursos incríveis de filtros e molduras. Para quem adora fotografar. Alguns recursos precisam ser comprados para estarem disponíveis, mas os gratuitos já oferecem muitas possibilidades diferentes. Achei bacana.

-4Shared - Meu companheiro antigo, através do qual podemos ouvir e baixar músicas, textos e outros tipos de arquivo gratuitamente. É rápido, fácil e até agora não encontrei nada melhor.

-Relax M-HD - Para as pessoas que adoram músicas suaves e sons relaxantes de pássaros cantando, água de rio correndo, sininhos de vento, vento soprando... um fundo musical para quando estamos trabalhando, este aplicativo nos deixa relaxados e tranquilos. E inspirados! 

-Drawing Carl - Ótimo para quem tem crianças ou para quem ainda tem a sua criança interior. Através dele, é possível desenhar com o dedo na tela e criar lindos quadros com efeitos de pincéis, lápis de cor, lápis de cera, aquarela, etc..., e ainda salvar e partilhar em redes sociais como Facebook e Twitter. 

-Wikipedia - Adorei poder ter a Wikipedia comigo o tempo todo, pois é um dos aplicativos que mais utilizo, e que nos leva direto ao site da Wikipedia, onde podemos encontrar todo tipo de informação. Excelente para pesquisas, embora nem todo conteúdo seja confiável, pois são os próprios leitores que colocam os textos e os editam. Mesmo assim, uma fonte excelente de informação. 

-Megaphoto - Para os fãs dos modernos 'selfies', através deste aplicativo o usuário pode editar seu 'selfie' das maneiras mais criativas e engraçadas. Bem, realmente não é lá muito a minha praia, mas mesmo assim, achei legal.

-Office Mobile - Para quem trabalha e precisa ter um bom editor de texto sempre à mão, o Office para tablets oferece recursos suficientes para criar apresentações e editar textos. Dentro destes recursos, também gostei bastante do Notability. 

Todos estes aplicativos estão disponíveis na loja da Apple.



A BELEZA DA TARDE EM UM ENGARRAFAMENTO










Sobre a Guerra





Trechinho do livro "Uma Ponte para Terebin", de Letícia Wierzchowski, que fala sobre o que sente alguém que vê seu país entrar em guerra. Tocante!




"...Assim, por causa disso, de uma esperança que não se extinguia, nós ficamos. O tempo andou muito rápido até aquele 1 de setembro; e então, subitamente, pareceu que a roldana das horas enguiçava, e a vida parou. Congelou-se: cada segundo se arrastando por uma eternidade. Li certa vez  em algum livro que o tempo para as desgraças é um tempo distinto. Quando os alemães invadiram a nossa terra, pude comprovar que tal frase era absolutamente verdadeira. Ninguém pode medir com precisão o tempo de uma desgraça. O instante gasto para a compreensão verdadeira de que algo irreversível aconteceu. Nenhum relógio é capaz de mensurar esse instante de pânico, a aflição extrema.




Naquela madrugada, a vida mudou para sempre. Ah, sim, tínhamos vivido outras guerras, outros medos... Um sem fim de madrugadas. Mas na minha vida, na vida do meu pai e do pai dele, sempre um fio de humanidade, um resto de esperança podia ser conservado - atrás do terror e da destruição, além da pátria dividida, ainda havia um futuro. A invasão de Hitler não nos deixou nem isso."

....................




"Cidades e aldeias foram bombardeadas e queimadas. Vivíamos perto da fronteira ao sul, mas, por um milagre, Terebin escapou ilesa. Os que fugiram, esses foram mortos nas estradas. Mas nós ficamos em casa. Fechados. No escuro. Dava para ouvir o barulho dos aviões. A Luftwaffe inteira sobre  nossas cabeças... E o medo. O medo atrasando os ponteiros do relógio. Congelando o sangue nas veias."


Varandas - croniquinha





Um dos meus lugares favoritos em casa, são as minhas varandas. Em uma delas eu me deito na rede para pensar na vida e descansar. Fecho os olhos e me deixo aquecer pelo sol de inverno, e às vezes, chego a dormir. Na outra, que fica no segundo andar, tomamos sol de manhã e apreciamos a paisagem. Não consigo mais conceber a minha casa sem uma rede, e isso vem desde a última casa onde moramos. Lá, a rede ficava sob um Bougainville vermelho escuro, e às vezes, enquanto eu balançava, caiam algumas flores sobre mim e Aleph, meu cão e fiel companheiro, que estava sempre por perto. Ele gostava de deitar-se sob a rede, e quando de repente ele se levantava para ir latir na cerca, quase me derrubava... boas lembranças!

Hoje, a minha casa tem estas duas varandas: uma no andar superior e outra à porta de entrada, onde passo mais tempo. Ali, eu pendurei garrafinhas para os beija-flores, casinhas que são ocupadas todo ano por um casal de cambaxirras, alguns enfeites e castiçais com velas que eu acendo em noites especiais. A cadeira de balanço que eu pintei (da qual o Mootley, nosso novo cão, tomou posse e cuja almofada hoje está suja de terra e cheia de marcas de patinhas) fica no andar de baixo, e gosto de sentar-me ali quando a tarde começa a morrer para escutar o canto das cigarras e pássaros nas árvores e na mata em frente. Às vezes, quando é lua cheia, olho sobre meu ombro esquerdo e posso vê-la surgir.

A varanda é o lado de fora mais interior da casa, pois é nela que eu construo a maioria dos meus sonhos e  revivo as lembranças. Eu e meu marido gostamos de passar bastante tempo à varanda, conversando. Nas noites de verão, abundam os vaga-lumes, morceguinhos que se alimentam do que sobrou do néctar dos beija-flores, mariposas com desenhos intricados sobre as asas  e algumas pálidas lagartixas. De lá, olhamos as folhas das árvores na mata em frente a casa, banhadas pela claridade do luar. É lindo... tudo tão cheio de vida e de beleza...

Lembro-me da varanda de um dos prédios onde uma de minhas irmãs morou. Adorávamos ficar lá, olhando o movimento da cidade! Petrópolis é uma cidade muito bonita, e de tardinha, o céu ficava tingido de laranja, as luzes dos faróis e lanternas dos carros lá em baixo, as pessoas indo para suas casas... não resisto a uma varanda!

Em uma rua próxima daqui, onde existem algumas casinhas de construção antiga, a gente percebe a importância que as varandas tinham antigamente: todas as casinhas tem uma! São construções simples mas encantadoras, cada qual com a sua varandinha. 

A varanda é a parte da casa onde o tempo passa mais devagar.



sábado, 23 de agosto de 2014

Dercy Gonçalves




Alguns pensamentos de Dercy Gonçalves dos quais compartilho


"Palavrão, meu filho, é condomínio, palavrão é fome, palavrão é a maldade que estão fazendo com um colírio custando 40 mil réis, palavrão é não ter cama nos hospitais"



"Não tenho ódio nem amor, sou livre e não tenho medo de nada, porque sou boneca de pano com macela por dentro. Qualquer "desastre", a Tia Anastácia me faz outra".


"Quando nós morremos, a energia que temos para viver, fica à vontade da natureza."



“Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima.”



"Na vida tudo é um jogo. Perde ou ganha. Até no amor. Mãe pra filha, marido 
pra mulher, tudo é interesse: se eu não te dou você também não me dá." 



"Hoje a cidade me aplaude. Até museu fizeram para preservar a minha história."





sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CANÁRIOS




Os canarinhos pousam leves
Suavemente sobre o arbusto
Trazendo o dia nas penas.

De repente, por um susto,
Em bando, eles alçam vôo 
Roubando, da aurora, a cena...




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O Palavrão e seu Contexto

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O Palavrão e Seu Contexto


Todos sabemos do uso do palavrão na literatura e nas artes cênicas - Rubem Braga e Dercy Gonçalves que o digam. O palavrão está tão incorporado à comunicação e expressão que existem dicionários e tratados sobre seu emprego. O palavrão às vezes dá o tom exato a um discurso, pois quando pessoas educadas o dizem, é porque talvez este seja o único linguajar que seu interlocutor realmente compreenda.

É preciso que haja contexto para o uso do palavrão, pois aqueles que o repetem constantemente, incorporando-o habitualmente ao vocabulário, acabam por chocar seus interlocutores; mas, dito de maneira privada a quem realmente merece escutá-lo, o palavrão pode ser o resumo de muitas palavras inúteis que, não importa o quanto fossem repetidas, jamais seriam realmente escutadas. O palavrão muitas vezes serve para selar conversas com pessoas ignorantes, insistentes e extremamente vaidosas, que só compreendem este tipo de linguajar. Sem contar que um palavrão dito na hora certa alivia a tensão de quem o profere, evitando medidas mais drásticas. 

Um bom palavrão pode colocar os pingos nos 'is' , definir fronteiras e estabelecer limites. Se eu digo um palavrão a alguém que me aborrece, será após já ter tentado ignorar e responder educadamente. E nessas horas, digo-o sem o menor arrependimento e sem fazer a menor questão de parecer educada. Nunca me arrependo destes momentos. Procuro viver a minha vida de forma a não precisar arrepender-me de nada que faço ou digo; portanto, se alguma vez refiro-me a alguém utilizando palavrões, é porque a pessoa o fez por merecer. Não tenho vergonha nenhuma das poucas vezes em que utilizei palavrões em meus escritos ou em meus discursos.

O palavrão, dito no momento certo, pode colocar um ponto final a uma discussão sem sentido. Mas nem sempre isto acontece.

Na verdade, vivemos em um mundo livre no qual cada um tem o direito - garantido por lei - de expressar-se como desejar, embora a boa educação ensine que palavrões nem sempre sejam bem vistos quando ditos entre pessoas que não merecem escutá-los; mas, em contexto privado e dito a quem realmente merece, o palavrão pode ser uma maneira de 'baixar a crista' de pessoas petulantes, arrogantes, perseguidoras, maníaco-depressivas e vaidosas.

Quem jamais disse um palavrão, que atire a primeira pedra.





No Dia em que me Perdi de Mim




Chovia,
No dia em que me perdi de mim.

Peguei carona em um raio azul, 
Aterrissei pesado em nuvem carregada,
Nasci trovão,
Desci na enxurrada,
E inconsequentemente,
Fui desaguada 
Num mar de fúria e naufrágios
(Por meu próprio sufrágio).

No dia em que me perdi de mim,
Havia neve sobre o asfalto quente,
Ranger de dentes,
Um falso sol de neon que brilhava,
E me iludia,
E me enganava,
E me arrastava 
Para a escuridão.

No dia em que me perdi de mim,
Não tive medo,
Nem percebi
A intenção
Assaz maléfica 
Do teu sorriso,
Que me sorria
Naquele espelho,
Caco de vida,
O olhar de esguelho
Da tua alma
Tão desabrida...

E eu então me perdi,
Desci ao inferno,
Onde colhi meus desafetos,

Mas aprendi 
A livrar-me dos insetos
Que me infestam,
Que me circundam,
Os vis maestros
Da barafunda
Que vivem nas tocas imundas
Sempre a olhar,
Fazendo contas,
Roendo os dedos,
Sempre a olhar...


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VERDADES

Alguns falam de doçura, Desconhecem O regurgitar das abelhas, O mel que se transforma dentro delas, Dentro das casas de cera. Falam do luxo ...