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terça-feira, 25 de março de 2014

Nesta Casa







Janelas abertas ao sol e à chuva,
O beijo do vento, o sumo das uvas
Maceradas pelo tempo...

A revoar pela casa,
Lembranças dos meus momentos,
Retratos pelas paredes,
As plumas das minhas asas...

Ecos pelos corredores,
(As vozes das minhas dores)
Elegia à minha vida,
Esta casa me contém,
Contém tudo o que eu amei...

E um dia, eu vou embora,
Deixando vazia de mim
Esta casa, e desintegram-se
Os sonhos entre as paredes,
Desmancha-se o balançar
Tranquilo da minha rede...

E eu ficarei nos quadros, 
Na roupa de cama, o cheiro,
Sobre a mesa, as indeléveis
Marcas dos meus cotovelos,
O meu rosto sobre as flores
De um jardim que morre aos poucos,
Na cadeira de balanço,
Meu fantasma sorrateiro...

4 comentários:

  1. Um belo poema, que já havia comentado no RL. Parabéns poetisa, Ana!

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  2. E tudo fica gravado nos cantos em que vivemos, as lágrimas derramadas, os risos escancarados, as emoções demonstradas.
    Lindo, Ana! Bjs.

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  3. Lindo e deixaremos um pouco de nossa essência em cada cantinho...beijos,chica

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  4. Oi Ana, com certeza, você é intensa e marcante, em tudo estará sua essência, transbordando a beleza da poetiza, abraços carinhosos

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