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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Felicidade em Casa




Ontem, ao assistir ao Fantástico, descobri (ou confirmei o que já sabia) de que as pessoas mais felizes não são necessariamente  as que moram em bairros elegantes e condomínios de luxo: a maioria das pessoas entrevistadas na reportagem - moradores de favelas pelo Brasil afora - consideram-se felizes. Por que? Simples: porque elas vivem solidariamente! Em meio ao crime e à violência, elas conseguiram abrir uma brecha e viver com dignidade. Conseguem ser felizes com a parte que lhes cabe, e acreditam no trabalho que realizam. Vivem em clima de camaradagem com os vizinhos e amigos. Fazem festas.

Lembro-me do tempo em que morei em um bairro de classe média baixa, da minha infância à idade adulta. Havia uma sensação confortadora de estar protegida, de ser conhecida e de conhecer todo mundo. As casas eram simples, não havia muitos enfeites. As pessoas não faziam dramas diante da vida, aceitando suas mazelas e vivendo um dia de cada vez, procurando ser felizes com aquilo que tinham.

E havia as conversas ao muro, as brincadeiras de criança na rua, os pais chegando em casa ao final do dia. As pessoas eram muito mais simples, e a felicidade, que mora na simplicidade, muito mais natural. Não havia artificialismos; ninguém ficava competindo para mostrar em redes sociais quem tinha a casa mais bonita, as roupas mais caras, os sorrisos mais convincentes. Poucos tinham carros, e quando tinham, era um carro para cada família, o que fazia com que nos encontrássemos em pontos de ônibus e déssemos e pegássemos caronas .Viver era um exercício natural. A gente sorria nas fotos quando tinha vontade. E mesmo quando havia uma rivalidade ocasional, ela desaparecia e dava lugar à solidariedade assim que o momento se fizesse oportuno. 

Saudades das casas simples do bairro onde morei. Saudades do viver simples e dos desejos simples.



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