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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cedo ou Tarde




Cedo ou tarde,
Faz-se um silêncio
Pesado e denso
Dentro da gente.

 Foge a palavra,
Esconde-se, cala-se,
Resvala pela fresta da janela
Põe-se como o sol
Num horizonte mudo.

Turva-se o mundo,
Envolve-se em neblina
E nem que se tente,
Por mais que se tema,
A palavra não surge,
Não amanhece o silêncio
Não há poema.

E é como o ar que nos falta,
A luz que não brilha,
Verão sem cigarras,
Fogo sem calor,
Guitarra sem canção,
Canção sem amor...

E a alma  se perde,
Qual sombra a fitar-nos no espelho
Dentro de um olhar vazio
E taciturno.

E há de ser assim,
Para que não nos esqueçamos
De que palavra é dom,
E como dom,
É coisa dada,
Não nos pertence
E nos pode ser tomada.


2 comentários:

  1. Olá!Boa noite
    Ana
    ...sim... é um verdadeiro terreiro nosso de liberdade, mas, ainda bem que surgiu tão ligeiramente como sumiu, e sempre com a mesma elegância e sabedoria.
    Obrigado pelo carinho da visita
    Belo final de semana
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. OI ANA!
    E O QUE É DA POESIA E DO POETA SEM AS PALAVRAS?
    MESMO NÃO LHE PERTENCENDO, PRECISA DELAS COMO DO AR QUE RESPIRA...
    LINDO!
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

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