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quarta-feira, 5 de junho de 2013

MIRÍADES






Miríades


Miríades de mim:
Nas gotas de chuva (em cada uma delas,)
Subpartida em cada folha,
Em cada canto desta casa,
O meu fantasma à janela.

Milhões de minúsculas células,
Todas elas
Pedaços diáfanos de mim...
Alguns, espalhados pelo vento
Tentando transcender o tempo.

Miríades de mim em cada estrela:
Vê; eu sou aquela parte mais fosca,
A que empana o brilho,
A que volta sempre no verão,
Nas asas das moscas!

Minha pele esgarçou-se de tanto gastar-se
Contra os muros do tempo.
Meus cabelos caíram, e voam no escuro
Tocam teu rosto como teias de aranha.

Miríades de mim no teu pensamento,
Perdida em cada instante
Eu me reinvento,
Sublimando a morte,
Sublimando o esquecimento.


3 comentários:

  1. Oi, amada!
    Tem selinho pra você!!!!
    Prêmio Primavera!

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  2. Seus poemas são profundos e muito belos. Tenho muito prazer em ler o que escreve. Versos assim, nos chegam à alma. Bjs.

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  3. Lindíssimo!!! "Miríades de mim" A parte que não se apaga se propaga nestas lindas palavras!

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